quinta-feira, 9 de junho de 2011

TRAFICANTE – JOGA FORA NO LIXO

MARCELO TAVARES
Geógrafo

Droga é qualquer substância e/ou ingrediente utilizado, por exemplo, em laboratórios para a confecção de comprimidos que aliviam dores de cabeça e inflamações. Contudo, o termo é comumente empregado a produtos causadores de dependência como o tabaco, o álcool, maconha, crack, cocaína, LSD, etc. Pesquisas recentes apontam que os principais motivos que direcionam um indivíduo ao uso de drogas são: curiosidade, influência de amigos (mais comum), vontade, desejo de fuga (principalmente de problemas familiares), busca pela coragem, dificuldade em enfrentar e/ou suportar situações difíceis, hábito, rituais, busca por sensações de prazer, tornar-se calmo, servir de estimulante, facilidades de acesso, etc. Destroçar o encantamento pelo Universo que se movimenta acerca da utilização de drogas lícitas e/ou ilícitas talvez seja um dos mais difíceis compromissos de uma sociedade que se autodenomina preocupada com o futuro de suas crianças e adolescentes. Seguindo tal raciocínio, outro gigantesco abismo estabelece-se em meio aos humanos (humanos?) que comercializam tais substâncias utilizando-se dos eficientes serviços 24 horas em caráter até mesmo de tele entrega – sensacional preocupação em bem atender, porém, uma criminosa forma de obter dinheiro e lucro. O sujeito também conhecido como traficante responsável pela venda de entorpecentes, muitas vezes, mantém sua miserável imagem associada à possibilidade de ostentar bens como sensacionais carros, vestimentas das mais caras marcas e arrecadação de dinheiro fácil, porém, com breve vida útil. Em meio a tudo isso, organizações como Escola e Família são vistas como a opção menos importantes em meio a nossos jovens, pois erroneamente preferem a vulnerabilidade das ruas, bares, danceterias e pontos de tráfico – onde os limites são pouco responsáveis e nada cautelosos. Campanhas de conscientização e de prevenção, apreensões diárias de entorpecentes e seus vendedores e a oferta de alternativas compõem ações capazes de evitar tamanho mal, porém, o crescimento vertiginoso nas entranhas desse Universo caótico, sombrio, violento e doente está se tornando assustador e, porque não dizer, a verdadeira e maior epidemia dos últimos tempos? Acredito que ao encaminharmos jovens a práticas esportivas, espirituais, culturais e educacionais, no mínimo, tais estatísticas seriam minimizadas. Pois então senhores! Engavetemos “discursinhos” e vamos à prática?

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